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ão é um alimento elaborado com farinha, geralmente de trigo ou outro cereal, água e sal formando uma massa com uma consistência elástica que permite dar-lhe várias formas. A esta mistura básica podem acrescentar-se vários ingredientes, desde gordura a especiarias, passando por carne (geralmente curada), frutas secas ou frutas cristalizadas, etc.
O pão é um dos alimentos mais antigos da Humanidade. Estima-se que o primeiro pão tenha sido feito há 12 000 anos. É um alimento muito importante na nossa alimentação e gastronomia. Existem diversas variedades de pão, mas a receita base é constituída por farinha de um ou mais tipos de cereais (milho, trigo, centeio...), água e sal.
No Egito, o pão também servia para pagar salários: um dia de trabalho valia três pães e dois vasos grandes de cerveja. Os egípcios foram os primeiros a usar fornos de barro para assar pães por volta do ano 7 000 antes de Cristo. Atribui-se-lhes, também, a descoberta do fermento, responsável por deixar a massa do pão leve e macia. Com as trocas comerciais entre egípcios e gregos, o pão acabou por chegar à Europa no ano 250 a.C..
Na Europa, passou a ser costume as mães darem às filhas que se casavam um pouco da sua massa de pão, por achar que, assim, elas fariam um pão tão saboroso quanto o delas! Ao longo da história, a posição social de uma pessoa podia ser identificada pela cor do pão que ela consumia. Pão escuro representava uma posição social baixa, enquanto pão branco, uma posição social alta (já que o processo de refinação da farinha branca era muito mais caro).
Atualmente, ocorre o contrário: os pães escuros são mais caros e, por vezes, mais apreciados por causa de seu valor nutritivo.
Para os cristãos, o pão simboliza o corpo de Cristo. Na oração do “Pai-Nosso” é pedido a Deus “o pão-nosso de cada dia nos dai hoje”.
Para os judeus, o fermento simboliza a corrupção. Por isso, eles só ofereciam a Deus pães ázimos, sem fermento. Até hoje, esse é o pão que eles comem na Páscoa, época em que é proibido consumir qualquer alimento fermentado.
A maioria das civilizações tem na sua ementa o pão. Confecionado a partir de técnicas antigas, os avanços registados no seu fabrico foram já bastantes. Com um consumo elevado, que pode ser também justificado não só pelo gosto provocado pelo mesmo como também pelo seu preço, relativamente inferior aos outros produtos alimentares, o pão é a base da alimentação e o principal ingrediente de pratos regionais portugueses, como é o caso das migas, açorda ou do gaspacho.
Os cereais e seus derivados, nomeadamente o pão, são importantes constituintes da dieta mediterrânica. A grande diferença do pão na dieta mediterrânica é que este era feito com recurso a farinhas pouco refinadas, ou seja, farinhas com menor processamento químico e com mais vitaminas, minerais e fibras.
Há vários tipos de pão: pão árabe; pão de forma;pão ázimo; pão francês; pão tradicional português; pão de mistura; pão de coração; pão de uva; pão de batata; pão de mandioca; pão integral; pão de queijo e pão de centeio.
O pão é pão composto com farinhas integrais, ou seja, com farinhas completas às quais não foram retirados quaisquer constituintes. Durante o processo de moagem e em função do tipo de peneiração e do grau de moagem (farinha mais ou menos fina) obtêm-se farinhas mais ou menos completas. As farinhas obtidas por processos de moagem menos agressivos e sem qualquer tipo de peneiração são as verdadeiras farinhas integrais.
Existem no mercado falsos produtos integrais, constituídos com farinha refinada à qual é acrescentado farelo. Entretanto, este tipo de farinha não é integral porque lhes faltam um conjunto de constituintes que se perderam. Por exemplo, uma mistura de farinha de trigo refinada com farelo, não contém gérmen de trigo, que é o elemento mais rico do grão de trigo.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que as pessoas comam 50 kg de pão em um ano. O país que mais come pão é Marrocos, sendo que em média cada marroquino come 100 kg de pão por ano. O país que mais se aproxima do ideal é o Uruguai, comendo em média 55 kg/pessoa/ano.
Em novembro de 2000, em Nova York, a UIB - International Union of Bakers and Bakers-Confectioners - instituiu, oficialmente, o dia 16 de outubro como o Dia Internacional do Pão. A iniciativa tem como objetivo valorizar o produto mais popular nas mesas de todo o mundo, lembrando de sua importância na composição da alimentação diária.
Alunos do NEESP
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